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Por que Alguns são mais Propensos à Depressão do que Outros?

Por que alguns são mais propensos à depressão do que outros?

Segundo a Organização Mundial da Saúde , mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com depressão. Embora a experiência da depressão seja compartilhada por muitos, os fatores contribuintes serão diferentes para cada pessoa que desenvolva a doença. A pergunta que lançamos nesse artigo é: por que alguns são mais propensos à depressão do que outros?

E mais, por que algumas pessoas sofrem de depressão enquanto outras não — mesmo quando estão nas mesmas circunstâncias? Descobrir o que torna alguém mais propenso à depressão continua sendo uma das questões mais desafiantes para muitos pesquisadores e profissionais de saúde mental.

A complexidade da depressão é o que a torna uma condição desafiadora para diagnosticar e tratar. Compreender o que pode tornar uma pessoa mais propensa a sofrer de depressão é o primeiro passo no desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento adaptadas para reduzir a vulnerabilidade de cada pessoa à essa condição.

Desenvolver uma compreensão mais completa dos vários mecanismos que impulsionam a depressão também pode ajudar a prever melhor quem ficará deprimido, bem como prever como a condição se apresentará ao longo do tempo.

Com essas informações, os profissionais de saúde mental estariam mais bem preparados para prever como uma pessoa pode responder a antidepressivos quando necessários, e à psicoterapia, sempre necessária.

A depressão é comum em pessoas de todas as idades, raças, identidades de gênero e status socioeconômico. As pessoas que estão deprimidas são muito mais propensas a terem outras condições médicas crônicas, incluindo doenças cardiovasculares, problemas nas costas, artrite, diabetes e pressão alta, e consequentemente a terem as piores evoluções. A depressão não tratada pode até afetar a resposta imune de uma pessoa à algumas vacinas.

Por que alguns são mais propensos à depressão do que outros?

  • Psicoterapia e medicação na depressão

A psicoterapia direcionada aos pacientes com depressão, envolve avaliar seus pensamentos e comportamentos, identificar os estresses que contribuem para a depressão e trabalhar para modificar ambos. As pessoas que participam ativamente da psicoterapia se recuperam mais rapidamente e têm menos recaídas.

A psicoterapia é o tratamento que aborda as causas específicas da depressão; não sendo matematicamente uma “solução rápida”. Leva mais tempo para começar a funcionar do que os antidepressivos, mas há evidências que sugerem que seus efeitos duram mais. Os antidepressivos podem ser necessários imediatamente em casos de depressão grave, e a combinação de psicoterapia com medicamentos é muito eficaz.

Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas.

Por que alguns são mais propensas à depressão do que outros?

1-Depressão maior

Dos principais tipos de depressão, esse é o mais comum entre todos. A pessoa nessa condição possui humor depressivo e apresenta tristeza profunda. Seus sintomas são: desânimo, mudanças no sono e no apetite. Além disso, para fazer o diagnóstico o indivíduo precisa apresentar esse quadro por, no mínimo, 2 semanas.

2-Transtorno depressivo persistente (Distimia)

Trata-se de um transtorno mais leve, porém longevo. A pessoa lida com o mau humor e o desânimo, que devem estar presentes rotineiramente por, pelo menos, 2 anos. Por apresentar sintomas menos agressivos, é mais difícil identificá-lo.

3-Depressão psicótica

Qual o tipo de depressão mais grave? Talvez a depressão psicótica seja a resposta correta. Além dos efeitos depressivos, a pessoa precisa conviver com os episódios de delírio e alucinação decorrentes dessa condição mental. Por conta disso, pode ser considerada o tipo de depressão mais grave.

4-Transtorno afetivo sazonal

Esse tipo de depressão é mais comum em países de clima cinzento. Trata-se de um transtorno que ocorre principalmente no inverno, quando há menor período de luz solar. A falta de exposição ao sol torna as pessoas mais deprimidas.

5-Depressão atípica

O nome dá o indicativo de que algo parece fora do lugar. Essa depressão possui algo inusitado: mesmo nesse estado, algum evento pode melhorar o humor da pessoa. É temporário, mas existe uma breve melhora. Além disso, pode intensificar alguns sintomas, como aumentar o apetite ou dormir demais.

6-Depressão situacional

Dos vários tipos de depressão, esse é aquele mais circunstancial. Isso ocorre, pois depende de eventos específicos, como, por exemplo, a morte de algum ente querido. É normal ficar triste nessas situações, porém a doença aparece quando os sintomas extrapolam o normal e começam a se perpetuar.

7-Transtorno disfórico pré-menstrual

Essa condição aparece no período que antecede a menstruação e acaba quando o ciclo se inicia. Os sintomas são mais graves do que a tensão pré-menstrual comum. Dessa forma, a pessoa fica incapaz de realizar atividades, pois apresenta sinais de maior tristeza, irritabilidade, desinteresse e oscilação de humor.

8-Depressão pós-parto feminina e masculina

E chegamos ao último dos tipos de depressão. As mães e os pais com depressão pós-parto apresentam um quadro grave de tristeza profunda, ansiedade e exaustão. Isso dificulta a criação de laços com os seus bebês, além de dificultar a realização de tarefas diárias para cuidar deles.

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  • Sintomas e diagnóstico da depressão:

Os sintomas da depressão variam muito, mas podem ser divididos em três categorias principais:

  • Os sintomas emocionais e cognitivos (pensamento)  incluem humor deprimido, falta de interesse ou motivação em coisas que você normalmente gosta, problemas para tomar decisões, irritabilidade, preocupação excessiva, problemas de memória e culpa excessiva.
  • Os sintomas físicos  incluem fadiga, problemas de sono (como acordar cedo demais, problemas para dormir ou permanecer dormindo, dormir demais), alterações no apetite, perda ou ganho de peso, dores pelo corpo, dores de cabeça,  palpitações cardíacas e sensações de queimação ou formigamento.
  • Os sintomas comportamentais  incluem chorar incontrolavelmente, ter explosões de raiva, afastar-se de amigos e familiares, tornar-se viciado em trabalho, abusar de álcool ou drogas, se cortar ou se machucar e, nos piores casos, considerar ou tentar suicídio.

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  • Como a psicoterapia ajuda na depressão?

A psicoterapia ajuda a pessoa com depressão a :

  • Compreender os seus comportamentos, emoções e ideias que contribuem para o seu estado de depressão.
  • Compreender e identificar os problemas ou eventos da vida – como uma doença grave, uma morte na família, a perda de um emprego ou um divórcio – que contribuem para sua depressão e ajudá-la a entender quais aspectos desses problemas podem se resolver ou melhorar.
  • Recuperar uma sensação de controle e prazer na vida.
  • Aprender técnicas de enfrentamento e habilidades de resolução de problemas.

Uma pessoa pode estar deprimida por causa de conflitos não resolvidos, muitas vezes reprimidos no inconsciente, e outras tantas vezes carregados desde a infância. O objetivo da psicoterapia é que o paciente entenda e lide melhor com esses sentimentos, falando sobre essas experiências.

A psicoterapia também se concentra nos comportamentos e interações que um paciente deprimido tem com a família e com os amigos. O objetivo principal é melhorar as habilidades de comunicação e aumentar a sua autoestima. A psicoterapia geralmente funciona bem para a depressão causada por luto, conflitos de relacionamento, grandes eventos da vida e isolamento social.

A  psicoterapia ajuda os pacientes a resolverem a depressão causada por:

A psicoterapia também ajuda as pessoas com depressão a identificarem e mudarem percepções imprecisas que podem ter de si mesmas e do mundo ao seu redor. O psicoterapeuta ajuda os pacientes a estabelecerem novas maneiras de pensar, direcionando a atenção para as suposições “erradas” e “certas” que eles fazem sobre si mesmos e sobre os outros.

A psicoterapia também colabora com aqueles:

  • Que pensam e se comportam de maneiras que desencadeiam e perpetuam a depressão.
  • Com depressão leve a moderada, sendo único tratamento ou em adição ao tratamento com medicação antidepressiva.
  • Que se recusam ou são incapazes de tomar medicação antidepressiva.
  • De todas as idades que têm depressão que causa o sofrimento, incapacidade ou problemas interpessoais.

Por que alguns são mais propensos à depressão do que outros?

  • Dicas para ajudar você a começar:

  • Identifique as fontes de estresse. Tente manter um diário e anote eventos estressantes e positivos.
  • Reestruture suas prioridades. Enfatize o comportamento positivo e eficaz.
  • Reserve um tempo para atividades recreativas e prazerosas.
  • Comunique-se. Explique e afirme suas necessidades para alguém em quem você confia; escreva em um diário para expressar seus sentimentos.
  • Tente se concentrar em resultados positivos e encontre métodos para reduzir e gerenciar o estresse .

Por que alguns são mais propensos à depressão do que outros?

Fatores  que levam uma pessoa à depressão!

 

  • Fatores Ambientais

  • Fatores Sociais

  • Fatores de Estilo de Vida

  • Fatores Biológicos

 

  • Fatores Ambientais

Fatores ambientais também parecem desempenhar um papel no desenvolvimento da depressão em algumas pessoas.

1-Trauma e abuso precoce:

Um dos fatores de risco de depressão mais bem estudados é o trauma na primeira infância. As experiências adversas na infância são estudadas por aumentarem o risco de uma pessoa desenvolver doenças mentais e físicas crônicas, incluindo depressão. Muitos  estudos anteriores já confirmaram uma forte ligação entre experiências específicas da infância e depressão mais tarde na vida.

3 tipos de experiências adversas da infância:

  • Abuso : Físico, emocional, sexual
  • Disfunção doméstica: violência doméstica, divórcio, uso de substâncias, pais mentalmente doentes, pais encarcerados
  • Negligência : Físico, emocional

O abuso infantil pode alterar fisicamente o cérebro, bem como alterar sua estrutura de conectividade. Estudos também mostraram que a função neuroendócrina pode ser alterada em pessoas que experimentaram altos níveis de estresse quando crianças. 

Um estudo de 2019 do Hospital Geral de Massachusetts chegou a propor que experiências traumáticas nos primeiros três anos de vida podem até mudar até mesmo o DNA de uma criança.

2-Pobreza:

As pessoas que vivem na pobreza têm duas vezes mais chances de ter depressão. Viver na pobreza não apenas coloca uma pessoa em maior risco de depressão, mas se ela não puder trabalhar ou não tiver acesso a apoio e serviços sociais, a doença mental pode dificultar a saída de um ciclo de desvantagem socioeconômica.

Vários estudos e programas-piloto mostraram que, quando as pessoas com doença mental recebiam assistência financeira, os sintomas de depressão e ansiedade melhoravam.

3-Exposições ambientais

O local onde uma pessoa vive também pode ter um impacto na saúde mental de várias maneiras. Por exemplo, algumas pessoas relatam que ficam deprimidas durante certos meses do ano. Essa experiência é chamada de transtorno afetivo sazonal.

Há também estudos que citam a poluição e outras exposições ambientais como potenciais fatores contribuintes para a depressão. Por exemplo, algumas pesquisas associaram a exposição ao chumbo na infância a problemas de saúde mental mais tarde na vida.

Em outro estudo , as crianças que cresceram em áreas com má qualidade do ar pareciam ter maior probabilidade de serem deprimidas ou diagnosticadas com transtorno de conduta quando completaram 18 anos.

Seu ambiente também pode ser um trunfo para sua saúde mental. Pesquisas mostraram que passar tempo na natureza pode ajudar as pessoas a lidarem com a depressão, e um estudo de 2019 descobriu que crianças que passavam tempo na natureza tinham melhor saúde mental quando adultas.

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  • Fatores sociais

Além de fatores  ambientais, os fatores sociais como a personalidade de uma pessoa, experiências de estresse e conflitos, e até mesmo a relação com as mídias sociais, também podem influenciar o risco de depressão.

1-Personalidade

Certos traços de personalidade, incluindo baixa autoestima , pessimismo, negativa autocrítica ou “perfeccionismo”, têm sido associados a uma maior tendência à depressão e a outras condições de saúde mental, como ansiedade e distúrbios alimentares .

A resiliência, ou as qualidades ou traços que tornam algumas pessoas mais propensas a “se recuperar” de experiências adversas, também podem ser a chave para prevenir e tratar a depressão.

2-Estresse e Conflito

Grandes eventos da vida – incluindo eventos tradicionalmente positivos, como casar ou eventos negativos, como perder o emprego – podem criar estresse . Quando estamos estressados, nossos níveis de cortisol aumentam. Os altos níveis de cortisol (especialmente quando estão cronicamente elevados) podem afetar os níveis de serotonina.

O estresse relacionado ao trabalho, em particular, pode ser um fator de depressão. Perder um emprego é um estressor óbvio, mas o ambiente de trabalho também pode contribuir para o estresse – especialmente se não parecer favorável.

Conflitos no trabalho ou na escola também podem aumentar a probabilidade de uma pessoa ficar deprimida. Um estudo de 2010 no Japão vinculou o conflito interpessoal no trabalho à depressão (particularmente entre funcionários do sexo masculino com status socioeconômico mais alto).

No ano anterior, pesquisadores na Suécia publicaram um estudo mostrando que ter sérios conflitos com colegas de trabalho ou chefes e/ou sentir-se excluído ou excluído no trabalho contribuía para a depressão nos funcionários.

 Não são apenas os adultos que enfrentam conflitos fora de casa: crianças e adolescentes podem encontrar desafios interpessoais na escola, que têm o potencial de afetar a saúde mental e física a curto e longo prazo.

Um relatório de 2017 do Centro Nacional de Estatísticas da Educação descobriu que 20% dos alunos entre 12 e 18 anos disseram ter sofrido bullying na escola no ano anterior.

As crianças que sofrem bullying são mais propensas a terem problemas de saúde mental, incluindo ansiedade e depressão. Elas também são mais propensas a terem doenças físicas, principalmente dores de cabeça e dores de estômago. Passar por conflitos com amigos e/ou familiares também pode aumentar as chances de uma pessoa propensa à depressão desenvolver essa condição.

3-Luto

O luto é um processo que pode levar alguém à depressão, como a morte de um ente querido, que remete o enlutado em direção à um estágio de aceitação.

Sempre é necessário avaliar em termos de quanto tempo persiste o luto na vida da pessoa (anos em vez de meses).

O luto complicado, como é frequentemente denominado, parece ser mais provável quando alguém perde um ente querido de forma repentina, inesperada e especialmente violenta como um acidente de carro.

Estudos adicionais são necessários para definir formalmente o luto complicado como uma condição distinta, mas parece ter uma relação com a depressão e o transtorno de estresse pós-traumático.

O estresse causado por uma morte, uma grande perda ou outro estressor da vida,  pode ser suficiente para desencadear um episódio de depressão em alguém que já possui a tendência para essa condição.

 4-Mídia social

Muitos estudos já investigaram o efeito das mídias sociais na saúde mental, especialmente em jovens. Vários estudos indicaram que o uso de mídia social pode desencadear sintomas depressivos e ansiedade por meio de insegurança, comparação, “medo de perder”, e bullying/assédio (que, seja pessoalmente ou online, aumenta o risco de depressão de um jovem ou de uma criança ao longo da vida ). 

O uso excessivo das mídias sociais também pode contribuir para a depressão, reduzindo o nível de atividade física de uma pessoa e a interação na vida real. Um estilo de vida sedentário e estar socialmente isolado são dois fatores que podem contribuir para uma saúde mental precária independente dos hábitos de mídia social.  

Por que alguns são mais propensos à depressão do que outros?

  • Fatores de estilo de vida

Por último, mas não menos importante, os fatores de estilo de vida, que vão dos medicamentos que você toma à sua dieta,  podem afetar o risco de sofrer de depressão.

1-Medicamentos prescritos

Certos medicamentos são conhecidos por terem o potencial de aumentar o risco de depressão de uma pessoa. Medicamentos usados ​​para tratar doenças mentais e distúrbios do sono também podem piorar ou causar depressão em algumas pessoas.

2-Uso de substâncias

Não é incomum que pessoas com doença mental busquem o uso de drogas e álcool. No entanto, também é importante observar que, assim como certos medicamentos prescritos, as drogas ilícitas também podem fazer uma pessoa se sentir deprimida.

Quando o uso de substâncias e a depressão ocorrem ao mesmo tempo (às vezes chamado de “diagnóstico duplo”), pode ser difícil encontrar o tratamento. As pessoas geralmente precisam de uma equipe diversificada de médicos e profissionais de saúde mental com experiência em transtornos por uso de substâncias.

3-Dieta e atividade física

Estudos recentes indicaram que adultos com depressão leve podem prevenir um episódio de depressão maior por meio de uma combinação de mudanças no estilo de vida. A flora intestinal e a dieta também podem desempenhar um papel no desenvolvimento da depressão. Algumas pesquisas também mostraram que certas dietas, como a dieta mediterrânea, podem ajudar os idosos a não desenvolverem a depressão. 

Por outro lado, dietas ricas em açúcar e gordura trans, especialmente alimentos altamente processados, podem promover ou agravar a depressão, principalmente quando combinadas com um estilo de vida sedentário.

Uma possível razão para a ligação é que dietas ricas nesses alimentos podem levar ao ganho de peso. Embora o ganho de peso possa estar associado ao início da depressão, também deve ser mencionado que comer alimentos ricos em açúcar ou gorduras trans pode perturbar o equilíbrio do microbioma intestinal.

Isso pode levar a um intestino permeável. O sistema imunológico fica alerta e libera citocinas que podem atravessar a barreira hematoencefálica, levando a alterações neuroquímicas. Por exemplo, algumas citocinas podem desviar a produção da serotonina para o glutamato, que, quando presente em quantidades excessivas, causa dano celular ou morte celular. Quando isso ocorre, pode desencadear ansiedade ou depressão.

De fato, um estudo de 2018 descobriu que as pessoas eram mais propensas a ficarem deprimidas se estivessem acima do peso – mesmo que o peso extra não estivesse causando outros problemas de saúde, como pressão alta ou diabetes tipo 2.

Os benefícios do exercício para nossa saúde são bem conhecidos, mas estamos aprendendo mais sobre como o exercício pode ajudar as pessoas com depressão a controlar seus sintomas. Vários estudos recentes confirmaram pesquisas anteriores indicando que o exercício regular e uma dieta saudável não apenas ajudam as pessoas a controlar a depressão, mas podem ajudar a preveni-la. 

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  • Fatores biológicos

Alguns fatores de risco para a depressão estão enraizados na biologia. Vamos conhecê-los!

1-A química cerebral da depressão 

Algumas teorias sugerem que certos níveis baixos de neurotransmissores (que as células cerebrais usam para enviar sinais umas às outras) podem causar depressão. O que se sabe é que algumas pessoas com depressão se sentem melhor quando tomam medicamentos que atuam nesses neurotransmissores. No entanto, os pesquisadores não estão convencidos de que isso seja suficiente para provar relações específicas entre a química do cérebro e a depressão, em grande parte porque algumas pessoas com depressão não se sentem melhor quando tomam antidepressivos.

2-Genética

Os pesquisadores sabem que as pessoas que têm familiares deprimidos são mais propensas a ficarem deprimidas. Mas ter um histórico familiar de depressão não significa que você experimentará depressão em sua vida. Ainda há outros fatores que precisam se alinhar para que uma predisposição genética resulte em depressão.

Dito isto, um grande estudo genômico publicado no The American Journal of Psychiatry em 2019 descobriu que pessoas com predisposição genética para depressão maior têm um risco aumentado de tentativas de suicídio.

3-Dor Crônica e Doença Crônica

A depressão é comum em pessoas que vivem com doenças crônicas, como esclerose múltipla, diabetes, enxaquecas. Pesquisas já mostraram que a dor crônica pode causar alterações bioquímicas que levam a sintomas de depressão.

Uma pessoa com dor crônica e doença crônica, pode ficar deprimida devido à sua situação, especialmente quando está enfrentando uma perda de qualidade de vida, um nível reduzido de funcionamento de si no dia-a-dia, dores prolongadas e/ou morte.

Também foi demonstrado que as pessoas diagnosticadas com uma doença mental são mais propensas a desenvolver outras doenças mentais. Condições como ansiedade e depressão comumente ocorrem juntas. Embora diferentes condições de saúde mental possam ser diagnosticadas ao mesmo tempo e possam influenciar umas às outras, elas podem precisar ser tratadas de maneiras diferentes. 

3-Hormônios podem causar depressão

Certas mudanças hormonais também podem aumentar o risco de depressão. Por exemplo, as alterações hormonais associadas ao ciclo menstrual , gravidez, parto e menopausa podem contribuir para a depressão.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças estimam que cerca de 1 em cada 9 mulheres nos EUA relatam sofrer de depressão pós-parto. E de acordo com um estudo de 2010 , aproximadamente 4% dos pais relatam depressão no primeiro ano após o nascimento da criança.

Também não é incomum que pessoas com problemas de tireoide sofram de depressão. Embora os sintomas tendam a ser mais comuns em pessoas com tireoide com baixo funcionamento (hipotireoidismo), pessoas com tireoide hiperativa (hipertireoidismo) também podem apresentar ansiedade e depressão.

Por que alguns são mais propensos à depressão do que outros?

Uma palavra final

A experiência de cada pessoa de viver com depressão varia, assim como os fatores individuais que contribuem para o desenvolvimento e o curso da doença. A doença mental é comum e tratável, mas pode levar tempo para encontrar o tratamento mais seguro e eficaz.

Trabalhar com médicos e profissionais de saúde mental, desenvolver estratégias de enfrentamento no trabalho e na escola e contar com o apoio de familiares e amigos são de vital importância para todas as pessoas que vivem com depressão, bem como aquelas com fatores de risco para desenvolver a condição ao longo da vida.

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Sobre a autora:

Liliam Silva

Liliam Silva

Sou psicóloga clínica há 24 anos, ajudando pessoas a se conhecerem melhor e a superarem suas dificuldades emocionais, conflitos internos ou de relacionamento, estresse, depressão e desafios na vida profissional. O meu trabalho como psicoterapeuta(presencial e online) potencializa o desenvolvimento pessoal e profissional da pessoa que busca harmonia no seu cotidiano, qualidade de vida mental e a satisfação frente à vida.

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