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Gordura Trans e Demência: A Conexão Silenciosa

             Gordura Trans e Demência:

O Alimento que Rouba Sua Lucidez Mental

Você sabia que a gordura trans causa demência e declínio cognitivo ? Você imaginava que aquilo que colocamos no nosso prato todos os dias pode influenciar diretamente nossa memória, humor e até a saúde mental do nosso cérebro a longo prazo? Nessa leitura você vai conhecer a relação entre gordura trans e demência: a conexão silenciosa …..

Cada vez mais estudos na neurociência têm demonstrado que certos alimentos não apenas alimentam o corpo, mas também afetam profundamente o funcionamento mental e emocional — inclusive aumentando o risco de doenças como a demência.

Neste artigo, vamos compreender como o consumo frequente de alimentos ultraprocessados, especialmente aqueles ricos em gordura trans, pode acelerar o declínio cognitivo e ser um fator silencioso, mas poderoso, no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Entendendo o que é Demência e Declínio Cognitivo

Demência não é uma doença específica, mas sim um conjunto de sintomas que envolvem o deterioramento progressivo das funções cognitivas, como memória, linguagem, atenção, julgamento e orientação.

O tipo mais comum é o Alzheimer, mas há outros tipos, como a demência vascular e a demência com corpos de Lewy. E, embora fatores genéticos tenham sua influência, os hábitos de vida — especialmente a alimentação — são decisivos para a manutenção da saúde cerebral.

Os alimentos ultraprocessados, especialmente aqueles ricos em gorduras trans, açúcares refinados e aditivos químicos, que geralmente encontramos nos supermercados, têm se mostrado grandes vilões silenciosos na saúde cerebral, sendo associados ao aumento do risco de doenças como o Alzheimer e outras formas de demência.

Além disso, esses alimentos ajudam a formar placas que atrapalham o funcionamento do cérebro, dificultando que ele crie novas conexões — o que é essencial para aprender, lembrar e se adaptar.

Quando a gente se alimenta mal, com pouca coisa natural e muitos compostos industrializados, o intestino também sofre. E como o intestino e o cérebro estão ligados, isso altera por completo a produção de substâncias que controlam nosso humor, foco e equilíbrio emocional.

Assim, o consumo constante desses produtos não apenas enfraquece o corpo físico podendo desenvolver uma série de doenças, mas compromete progressivamente a nossa saúde da mente, acelerando o declínio cognitivo e dificultando a prevenção de doenças neurodegenerativas.

 O que são Alimentos Ultraprocessados e Gordura Trans?

Os alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitas com pouco ou nenhum alimento in natura (natural). Exemplos:

  • Biscoitos recheados

  • Margarinas

  • Fast food

  • Refrigerantes

  • Salsichas, nuggets, salgadinhos de pacote

  • Misturas para bolos, sobremesas prontas

Muitos desses alimentos contêm gordura trans industrial, também chamada de ácidos graxos trans, criada para aumentar a durabilidade dos produtos nas prateleiras e também realçar o sabor. Mas o efeito dessa química industrial no corpo humano, especialmente no cérebro, é altamente nocivo e perigoso…. Gordura Trans e Demência: A Conexão Silenciosa

Como a Gordura Trans Afeta o Cérebro?

A gordura trans tem efeito inflamatório, neurotóxico e pró-oxidativo. Veja como ela atua no cérebro:

1. Inflamação cerebral

A gordura trans estimula processos inflamatórios crônicos no cérebro, especialmente no hipocampo, região ligada à memória e ao aprendizado.

2. Aumento de placas beta-amiloides

Estudos apontam que dietas ricas em gordura trans aumentam a formação de placas beta-amiloides, proteínas tóxicas associadas ao Alzheimer, que “entopem” as sinapses e prejudicam a comunicação entre os neurônios.

3. Redução da neuroplasticidade

Alimentos inflamatórios enfraquecem a capacidade do cérebro de formar novas conexões — um fator essencial para manter a memória ativa e a saúde cognitiva ao longo da vida.

4. Desregulação do eixo intestino-cérebro

O consumo de ultraprocessados altera a microbiota intestinal, o que impacta diretamente a produção de neurotransmissores como a serotonina e o GABA, ligados à regulação emocional, foco e clareza mental.

 Estudos que Confirmam o Risco

Em 2022, um estudo publicado na revista Neurology com mais de 10 mil pessoas demonstrou que o alto consumo de alimentos ultraprocessados aumentou em até 28% o risco de declínio cognitivo acelerado.

https://veja.abril.com.br/saude/consumir-gordura-trans-aumenta-em-ate-75-o-risco-de-demencia

Outro estudo, realizado pela Universidade de Kyoto (Japão), observou que níveis elevados de gordura trans no sangue estavam diretamente associados ao aumento de até 74% no risco de desenvolvimento de demência.

https://portugues.medscape.com/verartigo/6504225

 Visão Terapêutica: Como isso se Reflete em                                         Psicoterapia

Na clínica psicológica, é comum atender pacientes com:

  • Dificuldade de concentração

  • Névoa mental

  • Irritabilidade constante

  • Perda de memória recente

  • Sensação de “cansaço mental crônico”

Nem sempre esses sintomas estão ligados a transtornos mentais estruturados — muitas vezes eles estão sendo alimentados, literalmente, por escolhas alimentares tóxicas e repetitivas.

A mente e o corpo funcionam como um sistema integrado. O que você come nutre, ou intoxica, seu pensamento.    Gordura Trans e Demência: A Conexão Silenciosa

O que Fazer? Caminhos para Proteger o                                                 Cérebro…..

1. Reduza (ou elimine) alimentos ultraprocessados

Evite industrializados com listas de ingredientes extensas, aditivos e conservantes artificiais.

2. Leia rótulos com atenção

Evite tudo que contenha: “gordura vegetal hidrogenada”, “óleo parcialmente hidrogenado”, “shortening”.

3. Prefira alimentos anti-inflamatórios

Inclua diariamente: azeite de oliva, abacate, peixes ricos em ômega 3, castanhas, frutas vermelhas, vegetais verdes escuros.

4. Estimule o cérebro com desafios e afeto

Além da alimentação, a saúde mental se preserva com vínculos, leitura, música, aprendizado e conexão emocional.

5. Busque apoio terapêutico para compulsões ou tristeza crônica

Muitas vezes, a escolha por ultraprocessados é uma tentativa inconsciente de anestesiar emoções. A psicoterapia ajuda a identificar essas raízes e a buscar recursos internos mais saudáveis.

Conclusão: Sua Mente é Nutrida a Cada Refeição

O cérebro humano é sensível, adaptável e precioso. Ele precisa de descanso, de silêncio, de vínculos — e também de alimento de verdade.

Entender a conexão entre comida e cognição é um gesto de amor próprio. Cada escolha alimentar é um voto de cuidado para o seu “eu do futuro”.

Reduzir o consumo de ultraprocessados não é só uma decisão nutricional — é um ato de proteção da sua memória, da sua lucidez e da sua autonomia emocional no longo prazo.

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Sobre a autora:

Liliam Silva

Liliam Silva

Sou psicóloga clínica há 24 anos, ajudando pessoas a se conhecerem melhor e a superarem suas dificuldades emocionais, conflitos internos ou de relacionamento, estresse, depressão e desafios na vida profissional. O meu trabalho como psicoterapeuta(presencial e online) potencializa o desenvolvimento pessoal e profissional da pessoa que busca harmonia no seu cotidiano, qualidade de vida mental e a satisfação frente à vida.

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