Vício em Internet Prejudica Bem-Estar e Saúde Mental
Nos últimos anos foi constatado que o vício em internet prejudica bem-estar e saúde mental, porque houve um aumento de pessoas que passaram a ter sérios transtornos de ansiedade e de estresse, em virtude do uso direto, intenso e ilimitado da internet.
Muitas dessas pessoas desconheciam totalmente que o vício em internet prejudica bem-estar e saúde mental. O principal indício de que há algo que não vai muito bem com uma pessoa, é quando o uso se torna realmente excessivo a ponto de prejudicar a sua vida social, as atividades profissionais e experiências do dia a dia.
O limite entre um hábito e o vício está nas consequências que eles causam na vida da pessoa.Hoje temos inúmeras pesquisas que mostram que passar muito tempo na internet, a ponto de causar o vício, afeta profundamente a nossa mente e o nosso corpo. Mesmo o uso não viciado da internet, mas excessivo, também pode nos afetar a saúde mental negativamente.
Não vamos negar que a era da tecnologia nos deu acesso à informações abundantes, simplificou muitos aspectos de nossas vidas e até melhorou nossa capacidade de nos conectar com outras pessoas em todo o mundo. O que foi muito bom.
No entanto, essa oportunidade tecnológica nos apresenta também algumas desvantagens que todos nós devemos nos atentar, principalmente se temos crianças e adolescentes em nossa casa e que fazem uso da internet.
Existem inúmeras situações onde podemos identificar o uso abusivo. Um caso bem comum é o de pessoas de qualquer idade que acordam no meio da noite para verificar o celular, mesmo que não tenham nada específico para ver. A pessoa perde o sono repentinamente e começa a verificar redes sociais, aplicativos, notícias.
Há também o fenômeno chamado de “vibração fantasma”, conhecido como “chamada fantasma”, que é quando se escuta o celular ou o sente vibrar, mesmo que ele não tenha dado nenhum sinal ou nem esteja em nossas mãos. Isso faz parte de um estado unicamente mental.
O mundo da tecnologia quando utilizado de forma abusiva e viciante leva ao aumento do estresse em pessoas de todas as idades. Quando o estresse interfere na sua vida, tornando difícil passar dias tranquilos por um longo período, ele pode ser muito perigoso tanto para mente quanto para o corpo, pois interrompe o ritmo e padrões naturais do corpo, como a digestão, o sono e até mesmo a saúde imunológica.
Vício em Internet Prejudica Bem-Estar e Saúde Mental
Quando alguém tem a necessidade obsessiva e compulsiva de sempre olhar o celular, esse comportamento afeta a capacidade de manter a atenção em outros pontos, pois o aparelho é uma enorme distração e um manancial sem fim de informações para o cérebro.
Como consequência, essas pessoas podem ter mais dificuldade de aprendizado e orientação, o que afeta várias outras esferas da vida. Uma das consequências mais graves é o desenvolvimento de um transtorno chamado de ansiedade generalizada.
Como o aparelho celular oferece uma quantidade infinita de informação, o cérebro funciona em maior atividade cerebral e de maneira constante, evitando dessa maneira o relaxamento. O vício afasta o indivíduo de si mesmo e faz com que ele foque somente na obtenção desse tipo de prazer através da dependência, do que na vida que antes levava, nem que isso signifique se afastar de amigos e familiares, mentir, se prejudicar no trabalho e mudar completamente o curso de suas ações, objetivos e sonhos.
O vício em telas de computadores, celulares e smarthphones, tem sido também um problema entre crianças e adolescentes no Brasil. De acordo com uma pesquisa internacional, da Lenstore, de outubro de 2021, o nosso país é o terceiro do mundo em dependência de telas, ficando atrás somente dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes.
Vale lembrar que as crianças e os adolescentes não possuem maturação cerebral, por isso, a regulação das emoções ainda não está completa, devendo-se oferecer a eles períodos de tempo limitados e supervisionados ao que se refere ao acesso das telas das tecnologias comunicacionais.
Alguns Comportamentos Identificam como o Vício em Internet Prejudica Bem-Estar e Saúde Mental:
- Deixar de frequentar lugares, apenas porque não oferecem wi-fi;
- Utilizar a internet como válvula de escape para os problemas;
- Sofrer queda no rendimento escolar ou profissional, em função do tempo gasto online;
- Viver o isolamento social em favor de passar mais tempo conectado;
- Ter desinteresse em relacionamentos presenciais (com amigos, familiares, colegas e parceiros amorosos);
- Passar a dormir pouco (ou não dormir), pois sente a necessidade de estar constantemente online;
- Ter dificuldade de interromper o uso, perdendo a noção das horas ou ultrapassando o limite de tempo pretendido.
- Manifestar ansiedade quando está em um ambiente sem sinal de internet;
- Levar o carregador de telefone para todos os lugares por medo da bateria acabar.
Os estressores da tecnologia que você deve conhecer!
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Vício em Internet Prejudica Bem-Estar e Saúde Mental e Causam esses Problemas:
- Problemas financeiros originados pelas compras por impulso pelo online ou perda de trabalhos em função do vício, por exemplo;
- Negligência com seus dependentes (crianças e bebês);
- Sensação de fadiga;
- Ganho ou perda significativa de peso;
- Descuido com a higiene pessoal e com a apresentação em público;
- Baixa autoestima;
- Agressividade;
- Irritabilidade;
- Olhos secos e outros problemas de visão;
- Dores de cabeça ou crises de enxaqueca;
- Problemas de coluna;
- Sentimentos de culpa;
- Procrastinação;
- Depressão;
- Rupturas de relacionamentos;
- Fobia social;
- Ansiedade;
- Insônia ou má qualidade do sono;
- Síndrome do túnel do carpo;
- Estresse.
Exposição constante nas mídias sociais
Embora as mídias sociais nos conectem à outras pessoas, é importante entender como a exposição constante através delas pode ser prejudicial à nossa saúde mental e bem-estar. Por exemplo, navegar pelo Instagram ou Facebook vendo os rostos felizes dos outros, as belas fotos de viagens e jantares incríveis, às vezes podem nos fazer sentir mal sobre onde nós estamos nesse momento em nossas vidas.
A mídia social é um dos grandes estressores hoje em dia por várias razões, mas, principalmente, tornou-se deletéria por gerar inconscientemente em muitas pessoas uma constante expectativa de se sentir ‘digno de estar em qualquer rede social’ através das incessantes comparações que elas fazem e que acabam sendo impostas à vida mental.
O estresse de sentir que você precisa postar tudo o que está fazendo, sentindo, vendo, comendo e assistindo, tem se tornado mais imperativo a cada dia. Não há apenas o estresse de sempre postar para tentar se sentir relevante, mas também há o fato de comparar seu corpo, sua vida e suas experiências com amigos, colegas e até mesmo com estranhos. Isso gera expectativas irreais de vida.
Acredite que estamos vendo apenas os 5% melhores momentos da vida de outras pessoas pelas redes sociais. Sim, vemos as fotos mais bonitas, os melhores momentos, os elogios, as férias, as comemorações de aniversário. Mas saiba que ninguém vive 24 horas do dia conforme as fotos nos mostram. As pessoas sentem tristeza, vivem seus conflitos pessoais, suas adversidades, suas frustrações, dificuldades e que obviamente não postam nas redes sociais!!!
Por outro lado, há um movimento de pessoas comuns e até de influenciadores digitais que estão postando “conteúdo real” , portanto menos filtrado. Isso pode ser útil, mas não significa que o que você está vendo seja totalmente real.
Seja mais presente, esteja nesse momento, faça um esforço para compreender e se sentir motivado, que cada movimento que você faz não precisa ser documentado ou contado indiscriminadamente para os outros através da internet.
Tente sair um pouco desse círculo vicioso. Jamais se esqueça que as fotos não dizem tudo sobre a vida de uma pessoa e que esses posts cuidadosamente selecionados são apenas as fotos mais felizes, os melhores e mais emocionantes momentos que estão tentando vender à você sobre a ideia de perfeição.
Uso compulsivo dos smartphones
Ter um verdadeiro computador em nossos bolsos é muito bom pelas facilidades que podemos obter, mas nos tornamos tão dependentes de nossos dispositivos que pode ser difícil largá-los, certo? A vontade de ler uma nova mensagem de texto é difícil de ignorar, mesmo no meio de algo importante que estejamos fazendo.
Construímos uma dependência de estar sempre conectados aos nossos celulares porque agora podemos fazer tudo com eles como compras, bater longos papos, consultas médicas, banco, ouvir músicas e muito mais. Há um medo de ficar sem eles.
Esse medo também leva ao estresse, e já existe um termo para o medo de ser desconectado do telefone que é: nomofobia, que é a fobia dos tempos modernos. É o medo de ficar incomunicável por não ter acesso ao celular.
Podemos evitar sentimentos de ansiedade sobre o uso de smartphone criando limites saudáveis como não usá-lo durante uma refeição ou quando estiver em uma situação social, antes de dormir ou no banheiro. Você também pode criar limite de tempo para usar o seu telefone ou em um aplicativo específico.
Pode levar algum tempo para se sentir confortável com o uso reduzido do aparelho, mas você poderá perceber que encontrar o equilíbrio certo fará com se sinta mais no controle da sua própria mente e da sua própria vida.
Ansiedade ao receber mensagens
É da natureza humana ler nos mínimos detalhes, e as mensagens de texto são especialmente boas para trazer essa característica em nós. Por exemplo, uma resposta curta à sua mensagem longa e toda detalhada pode ser interpretada como um comportamento frio e indiferente.
Ver uma mensagem entregue sem obter uma resposta imediata pode parecer que você está sendo ignorado propositalmente (Você fez algo errado? Ele ainda gosta de mim? Ele está chateado comigo?). E acredite que até mesmo o ícone de elipses borbulhantes que aparece quando alguém está digitando uma mensagem pode induzir uma pessoa a uma forte onda de estresse.
Observe quando você está sentindo ansiedade durante uma troca de mensagem de texto e pergunte-se qual a razão real para se sentir assim. Em seguida, pergunte a si mesmo o que você pode fazer para reduzir essa ansiedade que causa danos à sua qualidade de vida mental.
Em muitos casos, a resposta correta é realmente se distanciar um pouco do telefone e ocupar o tempo com coisas que tragam alegria – como um hobby, um passeio, ou passar tempo com os entes queridos, e até mesmo focar no trabalho ou ir à academia.
A pressão mental dos jogos de videogame
Os jogos online podem ser divertidos e emocionantes, mas muitos jogos são projetados de uma maneira que pode nos tornar viciados e com extrema facilidade. Talvez quando jogamos nós sintamos uma aliança com outras pessoas e até mesmo um sentimento de grupalidade ou de equipe.
Para algumas pessoas, jogar videogame e dedicar o tempo necessário para ter sucesso e ganhar a partida é como ter uma segunda vida. Geralmente há o investimento em inúmeras horas que são dedicadas a lutar, competir e praticar justamente para o jogador dar o melhor dentro do jogo. Essa prática recorrentemente causará estresse para os jogadores que sentem que cada minuto que passam longe do jogo é um minuto tragicamente perdido
A chave para evitar sentimentos de ansiedade com jogos é também limitar a quantidade de tempo que você realmente passa jogando. Novamente, trata-se de criar limites saudáveis e reconhecer e interromper comportamentos não saudáveis. Equilibrar uma atividade saudável com os jogos vai gerar uma nova distração e interesses adicionais fora do videogame.
O chamado distúrbio de games hoje já é considerado uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O problema é definido como um padrão de comportamento caracterizado pela perda de controle sobre o tempo de jogo, sobre a prioridade dada aos jogos em relação a outras atividades importantes e a decisão de continuar de frente à tela apesar de consequências sérias e negativas.
Tratamento Psicológico – Psicoterapia
O tratamento àqueles que apresentam esse tipo de dependência costuma ser adaptado de outros transtornos e vícios, como o de dependência química. Em casos de outras doenças associadas com sintomas agravados, como ansiedade generalizada e depressão grave, o tratamento é multidisciplinar com a prescrição pelo médico psiquiatra de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos.
Para todos os casos aqui descritos, a psicoterapia é a principal medida. Nela, juntamente a um psicólogo com quem o paciente desenvolve confiança, ele aprende a lidar com suas emoções e compreende o que o leva a ter tanta obsessão pelos jogos.
Para controle do transtorno obsessivo, é interrompido o contato com os jogos, o que pode causar sensações de abstinência, irritabilidade e até mesmo comportamento violento. Dessa forma, o apoio da família e dos amigos entra como uma força para o indivíduo sensibilizado.
Existe a necessidade de serem inseridas outras atividades saudáveis como a prática de esportes, meditação, aulas de música ou de qualquer opção cultural que não envolva o contato com aparelhos tecnológicos dos quais seja possível jogar.
Agende o seu horário para a Psicoterapia online pelo whatsapp :
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