As Lições de um Monge para o Seu Bem Viver (Assista o Vídeo)
Budismo e Psicologia apesar de pertencerem a mundos tão distintos, não são tão diferentes como muitos pensam. Você pode até mesmo aprender sob o ponto de vista da Psicologia, muitas ricas lições de um monge para o seu bem viver.
Apesar de Psicologia e Budismo se desenvolverem sobre ambientes sócio-culturais marcantes e portanto serem diferentes até mesmo geograficamente, e assim estarem em extremos opostos, e em tempos, historicamente distintos, é indiscutível que ambas as práticas e paradigmas apontam para uma mesma direção. Ficou surpreso?
É possível demonstrar e conciliar uma filosofia oriental antiga, com um sistema psicológico ocidental contemporâneo, onde métodos e teorias, de ambos os sistemas, podem, perfeitamente, se ajustar às necessidades do mundo atual, independente dos limites de espaço e tempo e de crenças pessoais, religiosas, filosóficas, políticas ou de qualquer ordem.
Atualmente existem diversos trabalhos relacionando fundamentos e práticas budistas com escolas psicológicas ocidentais. Nestes trabalhos predominam, basicamente, comparações e contextualizações com Freud, Jung, e Maslow.
AS LIÇÕES DE UM MONGE PARA O SEU BEM VIVER
O Texto de “As Lições de um Monge Para o seu Bem Viver”, faz parte de “A Guirlanda de Jóias dos Bodisatvas de Atisa” (982-1054 AD). Aqui apresentaremos um vídeo sobre esse conteúdo, explicando em detalhes alguns caminhos do Bem Viver.
Atiśa Dipamkara Shrijnana foi fundador do Budismo Kadampa, além de um renomado mestre de meditação budista indiano. Ele reintroduziu o Budismo no Tibete após o seu quase desaparecimento sob o reinado de Langdharma. Foi abade do grande monastério budista Vikramashila na época em que o budismo Mahayana florescia na Índia.
Seus seguidores denominam-se “Kadampas”. “Ka” significa “palavra” e se refere aos ensinamentos de Buda, e “dam” se refere às instruções transmitidas por Atisha ao povo do Tibete, chamadas de Lamrim ou As etapas do caminho à iluminação. O Lamrim mostra passo a passo como ingressar, progredir e concluir o caminho à iluminação.
O conhecimento Kadampa foi passado de geração à geração até ao século XIV.
PRAZER X SOFRIMENTO
Prazer e sofrimento são partes do processo contínuo de adaptação ao meio ambiente, eternamente mutante. Prazer e sofrimento não se separam. Em alguns momentos a pessoa está feliz, em outros momentos o sofrimento é inevitável.
O sofrimento é manifestação de conflitos inerentes à condição humana, reflexo de necessidades de adaptação impostas pela vida em sociedade. O objetivo da meditação por exemplo, é desenvolver uma adaptação possível, e levar a pessoa a ter consciência sobre o seu próprio corpo e mente.
A MEDITAÇÃO DO BUDISMO NA PSIQUÊ
Meditar é aprender a fixar a atenção com consciência total no momento presente. Ver apenas o que é visível, ouvir apenas o que é audível, sentir apenas o que é sensível. As coisas surgem através das percepções de um ou mais dos sentidos, e assim como surgem, deve-se deixá-las passar, sem se identificar, rejeitar ou agarrar, deixando apenas que elas venham e vão.
A meditação é uma prática de treinamento contínuo. Traz como benefício a atenção plena e o equilíbrio. A pessoa aprende a controlar pensamentos e emoções, ao invés de ser controlada por eles. No Oriente, a meditação é uma pratica da vida cotidiana. O oriental medita nas mais clássicas atividades como ikebana, cerimônia do chá, caligrafia, artes marciais, assim como, nas mais contemporâneas, como dirigir, mergulhar, praticar esportes. No ocidente, a meditação teve seu momento hollwyodiano, nas décadas de 70/80, hoje é uma técnica reconhecida e estudada, sua prática é crescente, mas ainda é restrita a pequenos grupos.
Na psicologia, William James foi possivelmente o primeiro teórico a reconhecer a sofisticação psicológica dos ensinamentos budistas. James manteve contato pessoal com o Mestre Zen, Daistz Taitaro Suzuki, autor de um dos mais tradicionais livros do Zen Budismo Mente Zen, Mente de Principiante. O encontro ocorreu durante o Parlamento Mundial das Religiões, em 1893, na cidade de Chicago, quando o budismo foi pela primeira vez apresentado ao ocidente diretamente por mestres orientais. A partir deste encontro, William James previu que o budismo exerceria grande influência na
psicologia ocidental.
O BUDISMO VIROU ARTIGO DA MODA
Nos últimos anos o budismo se espalhou pelo mundo e atraiu admiradores de norte a sul, leste a oeste. No ocidente virou mais uma moda do que uma religião em si. Ser uma pessoa Zen se tornou um rótulo de pessoa tranqüila, em paz consigo mesma, que é usado em larga escala pelo senso comum.
O mercado editorial soube aproveitar a onda modista e lançou uma grande quantidade de livros, na sua maioria, livros de auto-ajuda, com uma visão distorcida, que pouco tem a ver com os princípios do budismo original. Passada a euforia fashion, o budismo começa a se consolidar como filosofia religiosa e também como um tipo de psicologia, pois trata, estuda e difunde aspectos positivos e evolutivos da psicologia humana.
No Brasil vários estudos buscam mostrar as semelhanças dos princípios budistas com teorias psicológicas. Comparações entre psicanálise, psicologia analítica, psicologia cognitiva, gestalt, e psicologia humanista são comuns nas prateleiras das livrarias.
A ORIGEM DO BUDISMO
A origem do budismo remonta à época em que o jovem príncipe Siddartha vivia em seu palácio, cercado de riquezas e ostentações, isolado da vida real. A vida que Siddartha tinha, era completamente diferente do mundo exterior. Ao sair do palácio e se chocar contra a realidade da pobreza extrema e do sofrimento, o jovem resolveu abandonar seus luxos e se isolar, para que dessa forma encontrasse uma forma de acabar com o sofrimento das pessoas.
Apartado da vida mundana, Siddartha resolveu se tornar discípulo do ascetismo, que era uma doutrina que renega completamente os desejos e prazeres da vida e que inclui a prática de penitências físicas e rigorosos jejuns.
No entanto, após anos praticando o ascetismo, o jovem acabou não se identificando com o caminho dessa filosofia, pois ela não estava fazendo sua consciência progredir. A iluminação, e as respostas que ele tanto buscava não vinham à tona. Sendo assim, abandonou o caminho de sofrimento, porque concluiu que ele não traria equilíbrio mental e emocional. E sabemos na Psicologia, que o equilíbrio é a base do autoconhecimento.
Certo dia, finalmente Siddartha encontrou as respostas para o que o afligia e, aos 35 anos, ele conseguiu alcançar a total compreensão da essência da vida. O ato de iluminação surgiu-lhe, daí o nome “Buda”, cujo significado é iluminado em sânscrito, antiga língua sagrada da Índia. Buda é um título dado a um mestre budista ou a todos os iluminados que alcançaram a realização espiritual do budismo.
À partir de então, Buda começou a pregar sua mensagem por toda a Índia, durante mais de quatro décadas, transmitindo seus primeiros ensinamentos: as Quatro Nobres Verdades.
Depois de ter se espalhado pela Índia, o budismo, então, saiu do país, expandindo-se ao longo da Ásia. Por ser uma doutrina completamente adaptável a qualquer religião — e também cultura –, essa filosofia se estabeleceu com facilidade nos países onde chegou. No Tibete, por exemplo, o budismo se desenvolveu de modo bastante peculiar.
Existem diferentes vertentes budistas. A que apresenta um caráter mais ritualístico do que aquele que lhe deu origem é justamente a que se desenvolveu no Tibete. É conhecida também como budismo vajrayana ou lamaísmo — este último termo referindo-se à figura do Dalai-Lama, que, é o líder espiritual do budismo.
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Fonte Videografia: Sync Mind Talks