Arteterapia Beneficia a Mente de Idosos com Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma das demências que mais atinge a população idosa, sendo que, após os 65 anos, pode-se considerar que a incidência dobra a cada 5 anos acrescidos na vida. A idade, portanto, é seu principal fator de risco. E é por isso que a arteterapia beneficia a mente de idosos com Alzheimer
A principal queixa dos pacientes com Alzheimer é o déficit de memória, mais frequentemente da memória recente, que é a capacidade de retenção de informações novas. Comum também nos estágios iniciais é a dificuldade em encontrar as palavras, fenômeno chamado “ponta da língua”, ou
seja, “sei, mas não consigo achar a palavra”
Quanto à percepção visual, o comprometimento se dá na fase moderada da doença; pode ocorrer o não reconhecimento de objetos de uso pessoal. Além disso, os fatores comportamentais também são sintomas que afetam os pacientes e seus cuidadores; podendo surgir com mais frequência depressão, irritabilidade, apatia, ansiedade, desinibição, agressividade, fala repetitiva, bem como, perambulação, delírios, alucinações, distúrbios de sono e alimentares.
O tratamento medicamentoso é geralmente indicado nos estágios iniciais da doença com a finalidade de manter o paciente preservado por mais tempo no estágio em que se encontra. Aliado a isso, o tratamento não farmacológico é indicado para que o paciente adquira recursos para conservar ao máximo suas
habilidades remanescentes. Para tanto, podem ser utilizados treino de memória, jogos e aplicativos, terapia ocupacional e também arteterapia.
Os estímulos sensoriais, motores e sociais promovidos pela arteterapia, oferecem uma melhora significativa na autoestima, segurança e qualidade de vida do paciente. Além disso, diminui o estresse apresentado no avanço da doença, tanto por parte do paciente como de seus familiares e cuidadores.
Você já ouviu que uma imagem vale mais do que mil palavras? Quando queremos entender os pensamentos e emoções de alguém com demência como os pacientes de Alzheimer, essa afirmativa é absolutamente verdadeira.
Os pacientes com demência geralmente sofrem de sintomas neuropsiquiátricos debilitantes que afetam negativamente sua qualidade de vida. Considerando a eficácia limitada nos tratamentos farmacológicos para demência progressiva, as alternativas não farmacológicas são consideradas uma abordagem coadjuvante valiosa.
Arteterapia Beneficia a Mente de Idosos com Alzheimer
Nos últimos anos, pesquisas examinaram o impacto da arteterapia na demência. Estudos de caso e vários ensaios sugerem que a arteterapia pode beneficiar a qualidade de vida, as percepções de prazer, melhorar o comportamento social e desenvolver a atenção de pacientes com demência.
A expressão artística é benéfica para todos nós, mas para aqueles com Alzheimer, a auto-expressão através da arteterapia pode fornecer uma maior gama de benefícios como: melhorar a socialização e saúde física, assim como desenvolver um comportamento mais calmo e gerar estímulo para o aumento da autoestima.
Qualquer que seja o histórico do paciente, a arte pode retratar o seu mundo interno. Criar arte envolve uma área do cérebro diferente daquela que usamos para a linguagem verbal. Quando a demência está localizada no lado esquerdo do cérebro, os pacientes experimentam uma perda progressiva da linguagem, mas daí pode surgir uma excelente criatividade visual.
À medida que o cérebro continua a degenerar ao longo do tempo, a habilidade artística atinge um pico. Existem evidências de imagens funcionais que nos mostram isso. Bruce L. Miller, MD, professor de neurologia e diretor do Centro de Memória e Envelhecimento da Universidade da Califórnia, em São Francisco, concluiu a partir de sua pesquisa que a criatividade ainda pode surgir em pessoas com demência, independente de onde a doença mais afeta o cérebro.
O papel que a arte e a criatividade visual desempenham na dinâmica da demência é objeto de um número crescente de pesquisas. Sem dúvida, a arteterapia possui um grande papel a desempenhar na doença de Alzheimer. Assim como sabemos que a música é capaz de reviver algumas memórias que pensávamos perdidas, pode-se facilmente concluir que a arte revive e repara o sistema visual.
A arteterapia oferece os seguintes benefícios para idosos que vivem com Alzheimer:
Inspira a Memória
A arte apela às nossas emoções. Ao longo dos anos, você pode não se lembrar exatamente dos detalhes de uma pintura ou da letra de uma música, mas o sentimento que trouxeram à você permanece vívido. O que se deduz é que a atividade artística aciona estruturas cerebrais como o hipocampo, onde ocorre parte do processamento da memória, e também estimula a formação de caminhos cerebrais alternativos que cumpram funções que os originais não fazem mais. Por enquanto, o que se sabe com certeza é que os benefícios são inquestionáveis em relação a progressos na memória.
Aumenta a estimulação cerebral
A arteterapia aplicada ao paciente idoso com Alzheimer ajuda a mente a encontrar um novo caminho de comunicação. Um estudo realizado na China concluiu que pessoas que realizavam criações artísticas visuais, como pinturas e recortes, possuíam atividade cerebral mais elevada, inclusive a memória, e até uma maior resistência a doenças degenerativas como o mal de Alzheimer, além dos benefícios psicológicos do autoconhecimento.
Permite uma nova forma de auto-expressão
Um grande exemplo é o artista William Utermolhen , cuja obra documentou e transmitiu visualmente sua jornada pela perda gradual de memória. Quando os recursos habituais de comunicação estão deteriorados as atividades criativas abrem caminho para uma forma totalmente nova de comunicação não verbal.
Cria um senso de realização e propósito
Utilizar a criatividade pode aumentar o senso de propósito e realização entre os idosos com Alzheimer. No final, uma tela terminada pode fazer com que eles se sintam realizados. Dá-lhes um sentimento de orgulho, desenvolve a confiança e aumenta o senso de identidade.
Melhora o humor e o bem-estar geral
Solidão, ansiedade e depressão acompanham a progressão da demência. Quando a ausência de habilidades se tornam presentes os idosos ficam mais propensos a desenvolver sintomas comportamentais e psicológicos. É quando a arteterapia é vital. Por meio de uma apresentação gráfica intuitiva, os pacientes tem a oportunidade de desabafar suas emoções. A arte desperta muitas emoções positivas podendo fazê-los sorrir, rir, falar. A menor reação, apesar de suas capacidades, sempre é terapêutica.
Aumenta a força física e a destreza
As atividades artísticas para idosos com Alzheimer, das mais simples às mais complexas, promovem a mobilidade. Praticar arte estimula o lobo parietal, responsável pelas funções motoras finas. Ao usar as mãos, se mantêm a interação mão-cérebro, o que melhora as habilidades motoras e a coordenação. Não importa a quantidade e extensão do movimento físico, a mobilidade constante mantém a função muscular e promove a força física geral.
A arte cria momentos divertidos
Oportunidades por meio de cerâmica, artesanato, pintura, desenho tocam o coração e desencadeiam sentimentos. A arteterapia permite que os idosos aproveitem dos benefícios curativos da estética.
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